quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lições nºs 65 e 66 (25/01/2010)

Sumário: Apresentação da matriz; análise dos blogues; causalidade de David Hume.

Matriz do 1º teste do 2º Período 11ºano (Respectivas respostas aos conteúdos realizados por Sara)

Escola Secundária José Cardoso Pires
R. Vergílio Ferreira, Torres da Bela Vista
2660-350 SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROS

Ano Lectivo 2009/2010 - 11ºAno

Matriz do 1ºteste de Filosofia do 2º Período

Unidade II - O Conhecimento e a Racionalidade Científico - Tecnológica
Capítulo 1 - O que é o Conhecimento
Capítulo 2 – Teorias explicativas do conhecimento
Objectivos
Cap.1
1. Identificar diversos tipos de conhecimento.
2. Compreender quais são as condições necessárias para que haja conhecimento.
Cap. 2
1. Distinguir o empirismo de racionalismo.
2. Compreender porque razão Hume é empirista
3. Explicar em que consiste a análise que Hume faz do conceito de causa.
4. Comprender que essa análise conduz ao cepticismo quanto à objectividade desse conceito, mas que esse cepticismo é mitigado.

Conteúdos

Cap 1.

1. Tipos de Conhecimento
R: Existem três tipos de conhecimento: a) o conhecimento de como realizar uma actividade (saber-fazer, saber como); b) o conhecimento por contacto; c) o conhecimento proposicional (saber que e porque).

2. O conhecimento proposicional
R: • Saber Que – conhecimento proposicional *, saber que Paris é uma cidade, Figo um jogador, …*caracteriza-se por ser um conhecimento de proposições. é constituído por uma proposição (frase declarativa com valor de verdade).

2.1 Que condições são necessárias para haver conhecimento?
R: Existem três condições necessárias para que haja conhecimento: Que a proposição seja verdadeira, que alguém acredite que ela é verdadeira e que haja boas provas ou evidências para acreditar na proposição.

2.2 Formas de justificação do conhecimento
R: O conhecimento de facto seria, em princípio, justificado pela experiência, dadas as bases empiristas da filosofia de Hume. Contudo, ele é, em geral, um conjunto de expectativas que mais tarde ou mais cedo podem ser desmentidas, não podendo ser justificado nem dedutiva nem indutivamente (este aspecto será esclarecido no próximo capítulo).

Cap.2

1. O empirismo de David Hume
R: Encontramos em DAvid Hume uma profunda investigação sobre a origem, a possibilidade e os limites do conhecimento. Das suas conclusões disse Bertrand Russell que eram tão difíceis de aceitar como de refutar. Contudo, de acordo com o mesmo Russell, refutá-lo tem sido o passatempo preferido da maioria dos filósofos. Trataremos então de conhecer, nas suas linhas gerais, uma doutrina que ainda interpela todos aqueles que reflectem sobre o problema do conhecimento.

1.1 Impressões e ideias são o conteúdo do conhecimento.
R: Todos os conteúdos da mente são percepções. Estas são de dois tipos: impressões e ideias. As primeiras são originárias; as segundas são derivadas. Por isso, não há ideias inatas.

1.2 Tipos de conhecimento: relações de ideias e questões de facto
R: As relações de ideias são conhecimentos a priori. A verdade das proposições e a coerência dos argumentos que combinam relações de ideias não dependem do confronto com os factos ou com a experiência. São verdades necessárias. A sua negação é contraditória. É logicamente impossível a sua negação. As proposições que exprimem e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.
São conhecimentos de facto os conhecimentos a posteriori. A verdade de proposições que se referem a factos depende de exame empírico. A verdade das proposições de facto é contingente. Esta proposição é contingentemente verdadeira. Não é logicamente impossível que o Sol não nasça amanhã, apesar de muito pouco provável. As proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimentos sobre o que neste existe e acontece.
1.3 Os conhecimentos de facto e a relação de causalidade.
R: Conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência. O valor da verdade das proposições tem de ser testado pela experiência. É necessário confrontar as proposições com a experiência por forma a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.

1.3.1 O problema da existência do mundo exterior.
R: Segundo Hume, a nossa mente conhece unicamente as suas próprias percepções, isto é, as impressões e ideias que derivam das impressões sensíveis. As impressões são estados internos, subjectivos, e não podem consituir prova de que algo tem uma inexistência contínua e independente fora de nós. É a aparente constância das coisas (as coisas que vemos hoje são mais ou menos iguais às que vimos ontem) que nos leva a acreditar que têm uma existência independente das nossas percepções. Esta crença não é para Hume justificável. Mas o facto de não se poder justificar racionalmente a existência do mundo externo não significa, para Hume, negar que este exista. Não podemos conhecer a existência do mundo externo, mas podemos acreditar que este existe. TRata-se de uma crença que até pode ser verdadeira e que, não sendo racionalmente justificável, é, contudo, tão natural que segundo Hume devemos perguntar que razões nos levam a acreditar que o mundo externo existe e não propriamente se ele existe.

Estrutura e Cotações
8 questões de escolha múltipla (10X8=80 pontos)
4 questões de desenvolvimento (30X4=120 pontos)
Critérios
Estrutura e correcção da linguagem.
Adequação da resposta à questão.
Domínio e estruturação dos conteúdos.

Paulo Medeiros
25/01/2010

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