sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Lições nºs 67 e 68 (27/01/2010)

Sumário: Início da perspectiva etimológica de Kant.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Lições nºs 65 e 66 (25/01/2010)

Sumário: Apresentação da matriz; análise dos blogues; causalidade de David Hume.

Matriz do 1º teste do 2º Período 11ºano (Respectivas respostas aos conteúdos realizados por Sara)

Escola Secundária José Cardoso Pires
R. Vergílio Ferreira, Torres da Bela Vista
2660-350 SANTO ANTÓNIO DOS CAVALEIROS

Ano Lectivo 2009/2010 - 11ºAno

Matriz do 1ºteste de Filosofia do 2º Período

Unidade II - O Conhecimento e a Racionalidade Científico - Tecnológica
Capítulo 1 - O que é o Conhecimento
Capítulo 2 – Teorias explicativas do conhecimento
Objectivos
Cap.1
1. Identificar diversos tipos de conhecimento.
2. Compreender quais são as condições necessárias para que haja conhecimento.
Cap. 2
1. Distinguir o empirismo de racionalismo.
2. Compreender porque razão Hume é empirista
3. Explicar em que consiste a análise que Hume faz do conceito de causa.
4. Comprender que essa análise conduz ao cepticismo quanto à objectividade desse conceito, mas que esse cepticismo é mitigado.

Conteúdos

Cap 1.

1. Tipos de Conhecimento
R: Existem três tipos de conhecimento: a) o conhecimento de como realizar uma actividade (saber-fazer, saber como); b) o conhecimento por contacto; c) o conhecimento proposicional (saber que e porque).

2. O conhecimento proposicional
R: • Saber Que – conhecimento proposicional *, saber que Paris é uma cidade, Figo um jogador, …*caracteriza-se por ser um conhecimento de proposições. é constituído por uma proposição (frase declarativa com valor de verdade).

2.1 Que condições são necessárias para haver conhecimento?
R: Existem três condições necessárias para que haja conhecimento: Que a proposição seja verdadeira, que alguém acredite que ela é verdadeira e que haja boas provas ou evidências para acreditar na proposição.

2.2 Formas de justificação do conhecimento
R: O conhecimento de facto seria, em princípio, justificado pela experiência, dadas as bases empiristas da filosofia de Hume. Contudo, ele é, em geral, um conjunto de expectativas que mais tarde ou mais cedo podem ser desmentidas, não podendo ser justificado nem dedutiva nem indutivamente (este aspecto será esclarecido no próximo capítulo).

Cap.2

1. O empirismo de David Hume
R: Encontramos em DAvid Hume uma profunda investigação sobre a origem, a possibilidade e os limites do conhecimento. Das suas conclusões disse Bertrand Russell que eram tão difíceis de aceitar como de refutar. Contudo, de acordo com o mesmo Russell, refutá-lo tem sido o passatempo preferido da maioria dos filósofos. Trataremos então de conhecer, nas suas linhas gerais, uma doutrina que ainda interpela todos aqueles que reflectem sobre o problema do conhecimento.

1.1 Impressões e ideias são o conteúdo do conhecimento.
R: Todos os conteúdos da mente são percepções. Estas são de dois tipos: impressões e ideias. As primeiras são originárias; as segundas são derivadas. Por isso, não há ideias inatas.

1.2 Tipos de conhecimento: relações de ideias e questões de facto
R: As relações de ideias são conhecimentos a priori. A verdade das proposições e a coerência dos argumentos que combinam relações de ideias não dependem do confronto com os factos ou com a experiência. São verdades necessárias. A sua negação é contraditória. É logicamente impossível a sua negação. As proposições que exprimem e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.
São conhecimentos de facto os conhecimentos a posteriori. A verdade de proposições que se referem a factos depende de exame empírico. A verdade das proposições de facto é contingente. Esta proposição é contingentemente verdadeira. Não é logicamente impossível que o Sol não nasça amanhã, apesar de muito pouco provável. As proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimentos sobre o que neste existe e acontece.
1.3 Os conhecimentos de facto e a relação de causalidade.
R: Conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência. O valor da verdade das proposições tem de ser testado pela experiência. É necessário confrontar as proposições com a experiência por forma a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.

1.3.1 O problema da existência do mundo exterior.
R: Segundo Hume, a nossa mente conhece unicamente as suas próprias percepções, isto é, as impressões e ideias que derivam das impressões sensíveis. As impressões são estados internos, subjectivos, e não podem consituir prova de que algo tem uma inexistência contínua e independente fora de nós. É a aparente constância das coisas (as coisas que vemos hoje são mais ou menos iguais às que vimos ontem) que nos leva a acreditar que têm uma existência independente das nossas percepções. Esta crença não é para Hume justificável. Mas o facto de não se poder justificar racionalmente a existência do mundo externo não significa, para Hume, negar que este exista. Não podemos conhecer a existência do mundo externo, mas podemos acreditar que este existe. TRata-se de uma crença que até pode ser verdadeira e que, não sendo racionalmente justificável, é, contudo, tão natural que segundo Hume devemos perguntar que razões nos levam a acreditar que o mundo externo existe e não propriamente se ele existe.

Estrutura e Cotações
8 questões de escolha múltipla (10X8=80 pontos)
4 questões de desenvolvimento (30X4=120 pontos)
Critérios
Estrutura e correcção da linguagem.
Adequação da resposta à questão.
Domínio e estruturação dos conteúdos.

Paulo Medeiros
25/01/2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Lições nºs 63 e 64 (20/01/2010)

Sumário: Os conhecimentos de facto; a relação de causalidade.


Actividade 3, página 193 (manual)

1. O que significa a ideia de causalidade, isto é, o que quer dizer a expressão "conexão necessária entre dois fenómenos"?

R: A ideia de causalidade é uma projecção psicológica, uma crença subjectiva sem base racional ou empírica. É a ideia de que há uma conexão necessária entre dois ou mais acontecimentos. Não há nenhuma impressão sensível da qual derive a ideia de causa.

2. Assinale a passagem do texto 3 que mostra que não há experiência da relação causal entendida como conexão necessária.

R: "...como não temos ideia alguma que não derive de uma impressão, se afirmarmos ter a ideia de ligação necessária (ou causal), deveremos encontrar alguma impressão que esteja na origem desta ideia."

3. Segundo Hume, não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma conexão necessária ou causal entre dois fenómenos? Porquê?

R: Não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma conexão necessária ou causal entre dois fenómenos, segundo Hume. Quando dizemos que, acontecendo A, sempre acontecerá B, estamos a falar de um facto futuro, que ainda não aconteceu. É aqui que Hume diz que ultrapassamos o que a experiência nos permite. Com efeito, para Hume, o conhecimento dos factos reduz-se às impressões actuais e passadas. Não podemos ter conhecimento de factos futuros porque não podemos ter qualquer impressão sensível ou experiência do que ainda não aconteceu.

4. Aquilo que a experiência nos permite observar é que dois fenómenos aparecem conjuntamente, um a seguir ao outro, repetidas vezes. Como é que inferimos - já que não a constatamos - uma relação necessária ou causal entre esses dois fenómenos? Será um conhecimento?

R: Sim. O conhecimento entendido como relação de ideias é possível. O conhecimento de factos, baseado na ideia de causa, não tem justificação empírica ou racional. A ideia de causa unicamente corresponde a um sentimento interno, sendo destituída de objectividade.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Lições nºs 61 e 62 (18/01/2010)


Sumário: Análise e resumo de um texto sobre a teoria explicativa do conhecimento de David Hume.


Resumo do texto: «Da origem das ideias» de Metáforas


O texto fala da «origem das ideias». 11. Refere na diferença notável entre as “percepções da mente” e as “percepções dos sentidos”. As percepções da mente jamais abrangerão a força e a vivacidade do sentimento original. No senso comum elas são indistinguíveis mas é muito perceptível a distinção entre ambas. 12. Pode-se dividir todas as percepções em duas classes que se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade. Às menos intensas e vivas chamamos de «pensamentos» ou «ideias» e ao outro tipo chamamos de «impressões». São exemplos de impressões: ouvir, ver, sentir, amar, odiar, desejar e querer. Distinguem-se das ideias pois as ideias são menos intensas. 13. O pensamento do homem parece, à primeira vista, mais livre do que qualquer outro, e não se limita à natureza e à realidade. Isto é, imaginamos coisas que não existem, coisas que nunca ninguém viu… e damos-lhes vida na nossa imaginação. Todos os materiais do pensamento são resultantes da sensibilidade externa ou interna. 14. Os nossos pensamentos ou ideias por muito organizadas e eminentes que possam ser, elas resolvem-se em ideias sempre tão simples como se fossem cópia de sensações ou de sentimentos anteriores. 15. Se acontecer que um homem, em virtude de um defeito dos órgãos não pode usufruir de qualquer tipo de sensação, reparamos logo que ele é igualmente pouco susceptível das ideias correspondentes. Por exemplo, um cego não tem nenhuma noção das cores e um surdo não pode formar qualquer juízo sobre os sons. 16. Embora, existe um fenómeno contraditório que prova que não é absolutamente impossível brotarem ideias independentes das suas impressões correspondentes. As várias e distintas ideias de cor, que nos entram pelos olhos e as de som que são transportadas pelos ouvidos, são na realidade muito diferentes umas das outras, apesar de se assemelharem. Todas as ideias, especialmente as abstractas, são vagas e sombrias e a mente humana tem delas apenas um escasso domínio. E são favoráveis a confundir-se com outras ideias idênticas. Todas as impressões, quer externas ou internas, são fortes e vivas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Lições nºs 59 e 60 (13/01/2010)

Sumário: Modelos explicativos do Conhecimento; a perspectiva de David Hume.



O Empirismo de David Hume

O empirismo consiste em aceitar a experiência como única e exclusiva fonte do conhecimento.

Impressões e Ideias são o conteúdo do conhecimento


Impressões: são imagens e sentimentos que derivam imediatamente da realidade; são percepções vivas e fortes.

Ideias: são cópias ou imagens débeis das impressões.

Há segundo Hume duas espécies de percepções:

  • Impressões

  • Ideias

  • Os tipos de conhecimento

Hume refere a existência de dois tipos de conhecimento

  • Conhecimento de Ideias (relações de Ideias)

> O triângulo tem três ângulos

> Um objecto azul é um objecto com cor

> 25 é um terço de 75

  • Conhecimento de questões de facto

> Amanhã vai chover

> A neve resulta da descida acentuada da temperatura

> O calor dilata os corpos

  • Os conhecimentos designados por "relações entre ideias" consideram-se a priori

-> Consistem na análise do significado dos elementos de uam proposição tendo em vista estabelecer relações entre ideias que ela contém.


-> As "relações entre ideias" são proposições cuja verdade pode ser conhecida pela simples inspecção lógica do seu conteúdo.



Nota explicativa:

Muito embora todas as ideias tenham o seu fundamento nas impressões podemos conhecer sem necessidade de recorrer às impressões, isto é ao confronto com a experiência. O exemplo são as proposições lógico matemáticas não resolvem por si o conhecimento do que existe no mundo. Poderemos apenas formar relações correctas entre ideias.

  • Conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência.

-> O valor de verdade das proposições tem de ser testado pela experiência, ou seja, temos de confrontar as proposições com a experiência por forma a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.


Nota explicativa:

A verdade ou falsidade de uma proposição factual só pode ser testada e determinada a posteriori.

A verdade factual é contingente e a sua negação não implica contradição.













Actividade de consolidação

1. O que são relações entre ideias?

R: São conhecimentos a priori, verdades necessárias.

2. O que são conhecimentos de facto?

R: São conhecimentos a posteriori onde a verdade das proposições de facto é contingente.

3. O que distingue essencialmente relações de ideias e conhecimentos de facto?

R: As proposições que exprimem e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo. Por outro lado, as proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimentos sobre o que neste existe e acontece.

Lições nºs 57 e 58 (11/01/2010)

Sumário: Criação de um blogue para inscrição do portfólio dos alunos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Lições nºs 55 e 56 (06/01/2010)

Sumário: Realização de uma actividade de consolidação da página 156 do manual; a definição clássica do conhecimento.


Actividade de consolidação (página 156/manual)

1 - Em que consiste a teoria clássica do conhecimento?


• O conhecimento é uma crença verdadeira e fundamentada.

2 - Pedro acredita que, se o Pai Natal estiver satisfeito com a forma como se portou durante o ano, o seu sapatinho no dia de Natal terá muitos presentes. Ao acordar na manhã do dia de Natal, verifica com agrado que o sapatinho tem muitos presentes. Suponhamos agora que no dia de Natal Pedro recebe de facto muitos presentes. Significa isso que a sua crença constituía um conhecimento?

• Não. A crença não constitui nenhum conhecimento porque Pedro não viu/viveu o acontecimento (Pai Natal pôr os presentes no sapatinho). A crença não é verdadeira nem fundamentada.

3 - Quais das seguintes situações poderão ser consideradas crenças verdadeiras justificadas?

a) Ao olhar para o bilhete de identidade da minha namorada, reparo que o seu aniversário é a 25 de Dezembro. Como é hoje, corro para lhe comprar uma prenda.

• Sim. A crença é verdadeira e fundamentada porque ele viu no BI o tal facto. Assim, esta crença é acontecimento.

b) Atiro uma moeda ao ar e, dando cara, digo que João não irá comparecer ao encontro com os amigos.

• Não. A crença acima referida não é verdadeira nem fundamentada porque atirando a moeda ao ar o João não está a dizer que não vai comparecer. Apenas é uma crença.

c) Todos os unicórnios são animais com um corno.

• Sim. A crença é verdadeira e fundamentada porque o nome descreve o facto apesar de ninguém poder comprovar a existência de tal animal.





d) Acordo e digo «Está a chover em Barcelona. Aposto que é verdade.». Na realidade, nesse momento está a chover em Barcelona.

• Não. A crença não é verdadeira nem fundamentada. Ele apenas "apostou"... e teve sorte.




4 - Quais das seguintes proposições constituem conhecimento a priori (independente da experiência) e quais constituem conhecimento a posteriori (dependente da experiência)?

a) Há cisnes pretos. - a posteriori

b) Todos os solteiros são não casados. - a priori

c) Todos os objectos vermelhos são coloridos. - a priori

d) O meu pai está desempregado. - a posteriori




5 - Leia o texto seguinte:




A maior parte dos filósofos pensa que não basta ter uma crença verdadeira para ter conhecimento. O primeiro a expressar esta ideia foi Platão, num diálogo chamado Teeteto.

Sócrates: Mas, voltando ao início da discussão, como é que poderíamos definir o conhecimento? Não vamos desistir da investigação, presumo eu.

Teeteto: De modo nenhum, a não ser que tu mesmo desistas.

Sócrates: Diz-me, então, qual a melhor definição que poderíamos dar de conhecimento, para não entrarmos em contradição connosco mesmos.

Teeteto: É exactamente a que já procurámos dar, Sócrates. Da minha parte, não vejo outra.

Sócrates: Qual é ela?

Teeteto: Que a crença verdadeira é conhecimento. A crença verdadeira, parece, é infalível e tudo o que dela resulta é belo e bom.

Sócrates: Não há como experimentar para ver, Teeteto, diz o chefe de fila na passagem do rio. Aqui dá-se o mesmo: o que temos a fazer é avançar na investigação. Talvez venhamos a esbarrar nalguma coisa que nos revele o que procuramos. Se pararmos por aqui, é que não descobriremos nada.

Teeteto: Tens razão. Vamos em frente e examinemos!

Sócrates: O problema não exige um estudo prolongado, pois existe toda uma profissão que mostra bem como a opinião verdadeira não é conhecimento.

Teeteto: Como é possível? Que profissão é essa?

Sócrates: A desses modelos de sabedoria a que se dá o nome de oradores e advogados. Tais indivíduos, com a sua arte, produzem a convicção, não ensinando, mas sugerindo as crenças que lhes aprezem. Ou julgas tu que há mestres tão habilidosos que, no pouco tempo concedido pela clepsidra, sejam capazes de ensinar devidamente a verdade acerca dum roubo ou de qualquer outro crime, a ouvintes que não foram testemunhas do facto?

Teeteto: Não creio, de forma nenhuma. Eles não fazem senão persuadi-los.

Sócrates: Mas, para ti, persuadir alguém não será levá-lo a acreditar em algo?

Teeteto: Sem dúvida.

Sócrates: Então, quando há juízes que se acham justamente persuadidos de factos que só uma testemunha ocular, e mais ninguém, pode saber, não é verdade que, ao julgarem esses factos por ouvir dizer, depois de terem formado deles uma opinião verdadeira, pronunciam um juízo desprovido de conhecimento, embora tendo uma convicção justa, se deram uma sentença correcta?

Teeteto: Com certeza.

Sócrates: Mas, meu amigo, se a crença verdadeira dos juízes e a ciência fossem a mesma coisa, nunca o melhor dos juízes teria uma crença verdadeira sem conhecimento. A verdade, porém, é que se trata de duas coisas diferentes.

Teeteto: Eu mesmo já ouvi fazer essa distinção, Sócrates; tinha-me esquecido dela, mas voltei a lembrar-me. Dizia essa pessoa que a crença verdadeira acompanhada de razão (logos) é conhecimento e que, desprovida de razão, a crença está fora do conhecimento.


Platão, Teeteto,


Lisboa, Gulbenkian, 201 a.C.



a) Que tese defende o texto?

A tese que o texto defende é que o conhecimento é uma crença cerdadeira acompanhada de razão (fundamentada).

b) Qual o principal argumento que utiliza para a defender?

O argumento que utiliza para a defender é que nós podemos gerar nos outros uma convicção verdadeira sem nenhum fundamento, por via das nossas capacidades oratórias.

c) Que definição de conhecimento está implícita no texto de Platão?

Está implícita no texto a definição da função tripartida do conhecimento.

Nota: Estudar página 158 !